terça-feira, 6 de maio de 2014

Resenha - Marina

Oláá!

Acho muito importante ter opiniões de outras pessoas sobre livros quando vou fazer uma compra. Por isso, decidi começar a colocar resenhas aqui para vocês! A maioria são resenhas que faço para a escola, e só peço que ninguém plagie meu trabalho. Isso vai da consciência de cada um. É muito mais gratificante receber uma boa nota quando o trabalho é de nosso esforço e dedicação, e não copiado.

Vou começar hoje com a resenha do livro Marina, de Carlos Ruiz Zafón. Eu amo de paixão esse escritor, super indico para quem curte mistério e aventura.



Carlos Ruiz Zafón, um escritor muito consagrado, nasceu em Barcelona em 1964. Sua fama começou com a publicação de A Sombra do Vento, porém, sua carreira iniciou em 1993, com seus primeiros quatro romances publicados: El Príncipe de la Niebla (com o qual recebeu o Premio Edebé), El Palacio de la MedianocheLas Luces de Septiembre (reunidos em um volume) e Marina. Este último é o seu favorito entre todos que escreveu. Foi lançado originalmente em 1999, na Espanha. As obras se destinaram principalmente a jovens leitores, porém, o escritor tinha esperança de que os livros cativassem gente de todas as idades. Zafón tinha o desejo de escrever livros que gostaria de ter lido na infância, mas que também leria aos 23, 40 ou 43 anos de idade. Carlos realizou seu desejo.
            Marina é uma obra contada por Óscar Drai, de 15 anos de idade, na década de 80. Ele não é órfão, mas sua família não o quer por perto; por isso, vive em um orfanato, em Barcelona. Óscar gosta muito de fugir um pouco e curtir a liberdade, caminhando pelas ruas da cidade, observando os casarões – muitos deles, abandonados. Até que um dia, ele se sente atraído por uma das mansões e se aproxima, invadindo a casa. Ouve uma voz melodiosa e encontra um relógio de bolso. Quando escuta ruídos de alguém chegando, ele escapa antes que perceba que levou o raro artefato consigo. Foi um descuido e tanto, pois ele teria que voltar para devolvê-lo. E no dia em que faz isso, encontra a bela garota, Marina. Um estranho encontro. Drai descobre que Gérman, pai de Marina, é um ex-pintor, enfermo, que nunca superou a morte de sua esposa e dono do relógio. O garoto o devolve a ele e a partir daí se torna grande amigo do pai e da filha.
            Marina resolve levar Óscar até um cemitério, para mostrar-lhe um acontecimento estranho. Os dois acabam entrando num complicado enigma, uma história que iniciou na década de 40. Eles vão atrás de pistas e mais pistas, até que chegam a Mijail Kolvenik e sua esposa Eva Irinova. Ele foi um inventor muito rico, descobridor de muitas curas para doenças, e ela, uma famosa cantora que teve seu casamento arruinado quando um louco jogou ácido em seu rosto. Todos os personagens são repletos de segredos, uma incrível teia de acontecimentos que ligam uns aos outros.
            Os dois jovens têm de enfrentar muitos obstáculos até descobrirem toda a verdade, inclusive manequins “meio vivos”. Isso torna a obra muito mais deliciosa de se ler, nos divertindo, apavorando, mas nunca nos fazendo querer parar de ler.
            Além de toda essa aventura, Óscar ainda se apaixona por Marina, e não consegue passar um dia sem pensar nela. Ele até acaba gostando de Kafka, seu gato intrigante. Os dois passam muitos momentos juntos. Mas, com o passar do tempo, Drai descobre que todas as idas de Gérman com sua filha ao hospital não são por causa dele, mas sim por causa dela. É Marina quem está doente.
            O garoto fica muito triste e apavorado, mas tenta dar toda força possível nos últimos momentos. Ele começa a construir uma pequena catedral em madeira no parapeito da janela do quarto de hospital em que Marina está, pois é seu sonho ter uma catedral.
            Ao final de tudo, a história termina onde começa, quando um policial encontra Óscar na parada de trem sumido há alguns dias. Ele diz que não sabe ao certo o que aconteceu. Conta a história de Marina, mas já não sabe se é real ou simplesmente delírio. É o que acontece com pessoas que ficam muito sozinhas. Viajam tanto com a mente, que depois não conseguem mais distinguir o real do ilusório. Para Óscar, foi tudo real. Mas não há nenhuma testemunha para confirmar. Germán desapareceu e não havia outra testemunha viva. O final da obra deixa essa questão para o leitor decifrar; porém, as duas últimas frases do livro revelam tudo, dizendo que foi tudo pura imaginação, mas uma imaginação muito real. A garota foi criada na mente do rapaz, mas faleceu e levou todas as respostas consigo.

            O livro Marina é muito interessante para amantes do mistério e do suspense. Cativará pessoas de todas as idades, proporcionando uma intensa e contagiante aventura.

Carpe Librum!

Beijos!

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