Acho muito importante ter opiniões de outras pessoas sobre livros quando vou fazer uma compra. Por isso, decidi começar a colocar resenhas aqui para vocês! A maioria são resenhas que faço para a escola, e só peço que ninguém plagie meu trabalho. Isso vai da consciência de cada um. É muito mais gratificante receber uma boa nota quando o trabalho é de nosso esforço e dedicação, e não copiado.
Vou começar hoje com a resenha do livro Marina, de Carlos Ruiz Zafón. Eu amo de paixão esse escritor, super indico para quem curte mistério e aventura.
Carlos Ruiz Zafón, um escritor
muito consagrado, nasceu em Barcelona em 1964. Sua fama começou com a publicação
de A Sombra do Vento, porém, sua
carreira iniciou em 1993, com seus primeiros quatro romances publicados: El Príncipe de la Niebla (com o qual
recebeu o Premio Edebé), El Palacio de la Medianoche , Las Luces de Septiembre (reunidos
em um volume) e Marina. Este
último é o seu favorito entre todos que escreveu. Foi lançado originalmente em
1999, na Espanha. As obras se destinaram principalmente a jovens leitores,
porém, o escritor tinha esperança de que os livros cativassem gente de todas as
idades. Zafón tinha o desejo de escrever livros que gostaria de ter lido na
infância, mas que também leria aos 23, 40 ou 43 anos de idade. Carlos realizou
seu desejo.
Marina é uma obra contada por Óscar
Drai, de 15 anos de idade, na década de 80. Ele não é órfão, mas sua família
não o quer por perto; por isso, vive em um orfanato, em Barcelona. Óscar gosta
muito de fugir um pouco e curtir a liberdade, caminhando pelas ruas da cidade,
observando os casarões – muitos deles, abandonados. Até que um dia, ele se sente
atraído por uma das mansões e se aproxima, invadindo a casa. Ouve uma voz
melodiosa e encontra um relógio de bolso. Quando escuta ruídos de alguém
chegando, ele escapa antes que perceba que levou o raro artefato consigo. Foi
um descuido e tanto, pois ele teria que voltar para devolvê-lo. E no dia em que
faz isso, encontra a bela garota, Marina. Um estranho encontro. Drai descobre
que Gérman, pai de Marina, é um ex-pintor, enfermo, que nunca superou a morte
de sua esposa e dono do relógio. O garoto o devolve a ele e a partir daí se
torna grande amigo do pai e da filha.
Marina
resolve levar Óscar até um cemitério, para mostrar-lhe um acontecimento
estranho. Os dois acabam entrando num complicado enigma, uma história que
iniciou na década de 40. Eles vão atrás de pistas e mais pistas, até que chegam
a Mijail
Kolvenik e sua esposa Eva Irinova. Ele foi
um inventor muito rico, descobridor de muitas curas para doenças, e ela, uma
famosa cantora que teve seu casamento arruinado quando um louco jogou ácido em
seu rosto. Todos os personagens são repletos de segredos, uma incrível teia de
acontecimentos que ligam uns aos outros.
Os
dois jovens têm de enfrentar muitos obstáculos até descobrirem toda a verdade,
inclusive manequins “meio vivos”. Isso torna a obra muito mais deliciosa de se
ler, nos divertindo, apavorando, mas nunca nos fazendo querer parar de ler.
Além
de toda essa aventura, Óscar ainda se apaixona por Marina, e não consegue
passar um dia sem pensar nela. Ele até acaba gostando de Kafka, seu gato
intrigante. Os dois passam muitos momentos juntos. Mas, com o passar do tempo,
Drai descobre que todas as idas de Gérman com sua filha ao hospital não são por
causa dele, mas sim por causa dela. É Marina quem está doente.
O
garoto fica muito triste e apavorado, mas tenta dar toda força possível nos
últimos momentos. Ele começa a construir uma pequena catedral em madeira no
parapeito da janela do quarto de hospital em que Marina está, pois é
seu sonho ter uma catedral.
Ao
final de tudo, a história termina onde começa, quando um policial encontra
Óscar na parada de trem sumido há alguns dias. Ele diz que não sabe ao certo o
que aconteceu. Conta a história de Marina, mas já não sabe se é real ou
simplesmente delírio. É o que acontece com pessoas que ficam muito sozinhas.
Viajam tanto com a mente, que depois não conseguem mais distinguir o real do
ilusório. Para Óscar, foi tudo real. Mas não há nenhuma testemunha para
confirmar. Germán desapareceu e não havia outra testemunha viva. O final da
obra deixa essa questão para o leitor decifrar; porém, as duas últimas frases
do livro revelam tudo, dizendo que foi tudo pura imaginação, mas uma imaginação
muito real. A garota foi criada na mente do rapaz, mas faleceu e levou todas as
respostas consigo.
O
livro Marina é muito interessante
para amantes do mistério e do suspense. Cativará pessoas de todas as idades,
proporcionando uma intensa e contagiante aventura.
Carpe Librum!
Carpe Librum!
Beijos!
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