quinta-feira, 24 de julho de 2014

Resenha - Perdão, Leonard Peacock

Boa noite, meus amados! :)

Trouxe pra vocês a minha resenha do livro Perdão, Leonard Peacock! Um livro que me fez pensar bastante, em todas as pessoas ao meu redor. Faz-nos refletir sobre as atitudes, nossas e dos outros. Faz-nos ver que, mesmo não aparentando, pode ser que alguém que estuda ou trabalha conosco está passando por problemas mais graves que os nossos. E, apesar de tudo, temos que seguir adiante; pois, mais cedo ou mais tarde, cada um de nós alcança seu objetivo, basta querer e não deixar que a inveja alheia nos rebaixe.
Se alguém estiver passando por uma fase ruim, é só olhar para o lado, que com certeza encontrará alguém feliz da vida, que superou o mesmo problema.
Uma obra simplesmente inspiradora. Devemos seguir em frente por nós mesmos, pelo nosso futuro, e não nos deixar abalar por qualquer outra pessoa.


QUICK, Matthew. Perdão, Leonard Peacock. Título original: Forgive me, Leonard Peacock. – Tradução: Alexandre Raposo. Rio de Janeiro : Intrínseca, 2013.

VALE A PENA CONTINUAR?
Larissa Taís Naitzel

            Matthew Quick nasceu em 1973, em Nova Jersey, EUA. Formou-se em Escrita Criativa e foi professor de Língua Inglesa, até que largou o emprego, vendeu sua casa e começou a dedicar-se ao seu sonho: escrever. Depois de três anos, após superar a depressão, lançou seu primeiro livro, O Lado Bom da Vida (2008), que imediatamente ganhou sucesso e foi adaptado ao cinema. Além deste, escreveu outros três romances juvenis. Matthew vive em Massachusetts com a mulher, também escritora.
            Leonard Peacock é um garoto transtornado por ter, de família, apenas uma mãe que vive em outra cidade com seu namorado, trabalhando sem parar e sem dar atenção ao filho. Está prestes a acabar com sua vida, no dia em que completa 18 anos, com uma arma nazista herdada de seu avô. Antes de completar a missão, porém, quer se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, seu vizinho idoso com quem assiste a filmes de Humphrey Bogart, Herr Silverman, seu professor de Holocausto, Babak, a quem assiste tocar violino na escola, e Lauren, a garota de quem gosta. Dará um pequeno presente significativo a cada um, para que não se esqueçam dele.
            Ao longo da obra, seus segredos são revelados, pouco a pouco. Histórias de cada personagem são reveladas nos rodapés das páginas com comentários sarcásticos.
            Peacock começa a manhã cortando o cabelo comprido, um primeiro sinal de suicídio. Passa na casa de Walt para lhe dar um chapéu de Bogart, o que é estranho para ele e o deixa intrigado. Como é seu aniversário, ele espera que alguém se lembre disso e o parabenize. Acredita que isso possa salvar sua vida. Mas, ao passar do dia, ninguém recorda. Ele dá uma medalha de seu avô ao professor, uma boa quantia em dinheiro para uma campanha em que Babak está envolvido e uma corrente com cruz para Lauren, que é cristã. Ninguém percebe o que está por vir, apenas Herr Silverman, que diz a Leonard que não faça nada antes de ligar para ele, para que ele possa contar um segredo e tentar salvá-lo.
            O garoto fica muito intrigado, pois é um enigma que ele quer descobrir a muito tempo: o porquê de o professor nunca arregaçar as mangas da camisa. Mas segue em frente. Descobre-se, então, que, antes de suicidar-se, Leonard quer cometer homicídio contra um antigo amigo, Asher Beal, que, com o passar dos anos passou a ser inimigo. Os dois eram melhores amigos na infância, e então se tornaram pré-adolescentes. Asher começou a experimentar coisas novas com Leonard, o que no início era divertido, mas foi ficando pervertido e sufocante.
            Peacock ficou traumatizado, afirmando para si mesmo, o tempo todo, que não era gay. Este e tantos outros conflitos fizeram-no chegar ao ponto de não aguentar mais. Então, ao final do dia, vai à casa do ex-amigo para exterminá-lo, mas acaba se acovardando e sai correndo. Decide acabar com sua vida, mas exatamente no momento em que está seguro de puxar o gatilho da arma, acontece o imprevisto de ele estar enferrujado e muito duro para mexer. Um alívio? Talvez. Ele liga para o professor de Holocausto, o qual deixara seu número de telefone pela manhã para caso de emergência. Não demora muito e ele chega onde está o adolescente. Eles têm uma conversa tensa, mas tranquilizadora. Herr Silverman revela seu segredo coberto pelas mangas: uma tatuagem no formato de um triângulo cor de rosa, símbolo utilizado pelos nazistas para marcar homossexuais. Explica a Leonard que é muito bom ser diferente, mas que ser diferente é difícil. Logo, leva-o para sua casa para que fique seguro. Pela manhã, o garoto sai sem avisar para visitar seu amigo Walt, que se surpreende e ao mesmo tempo se alivia, pois estava muito preocupado pelo comportamento do dia anterior. A dupla assiste a outro filme de Bogart. Quando termina, ele vai para sua casa e recebe a visita de sua mãe, que pegou voo logo depois de seu professor ter telefonado. Ela é ingênua e não vê o que está acontecendo, só pensa em seu trabalho, pelo qual é obcecada. O filho lhe pede apenas que faça panquecas de banana com gostas de chocolate e ela concorda. Quando seu celular toca, porém, ela esquece totalmente de sua tarefa. Ele faz tudo sozinho e depois sai de casa, senta-se na praça e começa a repensar na vida, se vale a pena continuar adiante, e o que lhe espera no futuro.
            Não é dito em palavras o que acontece com Leonard, mas pode-se acreditar que ele supera o trauma e que será um adulto muito feliz. O livro incentiva os leitores a serem diferentes dos outros; ser do seu próprio jeito, sem seguir “modinhas” e vestir o que todos vestem, ou dizer o que todos dizem. Devemos ser autônomos, mandar na própria vida, fazer as próprias escolhas e ser feliz com isso, se sentir orgulhoso!
É um ótimo livro para todas as pessoas, de todas as idades; especialmente para quem se sente muito distinto das outras pessoas e se sente mal por isso. Ou que está começando a ter ideias sobre acabar com a vida ou vingar-se de alguém. A melhor vingança é o esquecimento.

Bom, resumindo: suuuper indico esse livro! Não achei cansativo, mas sim interessante, e hilário. Já leram? O que acharam?

Carpe Librum!

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beijoos

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